Modelo 3D - Cálice funerário Jê

domingo, 19 de junho de 2011

Geoarqueologia no MAC

O MAC recebeu nos dias 15 e 16 o geógrafo Eduardo Haddad. Ele visitou os sítios arqueológicos Abrigo do Ângelo e Amargoso, ambos escavados em 2010 e 2011.
O objetivo foi analisar os perfis estratigráficos que foram abertos pelas escavações em cada um destes locais, e recomendar análises pedológicas das camadas arqueológicas, a fim de resgatarmos informações sobre as populações que geraram os materiais antrópicos resgatados nas escavações.
Inicialmente deverão ser feitas análises de fósforo disponível e de carbono orgânico, que permitem estabelecer parâmetros químicos locais para o reconhecimento de solos alterados pela atividade humana pré-histórica. Os resultados serão publicados em uma tese de doutorado que será defendida no Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo (MAE-USP) no próximo ano.
Todo o acervo coletado nestes dois sítios arqueológicos está depositado na reserva técnica do MAC, e vem sendo trabalhado em seu laboratório.
Eduardo Haddad trabalhou na sala de cartografia do MAC, doando seu trabalho para a exposição permanete do museu. Ele também é autor de uma dissertação de mestrado sobre a qualidade da água da bacia hidrográfica do rio São Miguel, rio que corta a cidade de Pains e é um dos principais tributários do alto curso do rio São Francisco.

1. Exposição sobre a utilização da tabela de cor de solos Munsell na identificação e análise preliminar de sedimentos. 2. Abertura de perfil em uma das escavações do sítio arqueológico Amargoso. 3. Análise da estratigrafia do sítio arqueológico Abrigo do Ângelo, na vila do Capoeirão, em Pains - MG. 4. Perfil estratigráfico evidenciado pelas escavações no abrigo, realizadas em 2010. A camada cinza que pode ser vista na faixa dos 30 cm de profundidade foi uma das que apresentou maior quantidade de vestígios arqueológicos.

Clique aqui para ler a dissertação de mestrado de Eduardo Haddad.

MAC Participa do 1º Salão Regional de Turismo em Formiga

O 1º. Salão Regional de Turismo realizado em 04 de junho na cidade de Formiga - MG, contou com uma exposição da riqueza cultural e ambiental de cada município integrante do Circuito Turístico Grutas e Mar de Minas.
A equipe do Conselho Municipal de Turismo de Pains (COMTUR) montou um estande com atrações que representam o patrimônio cultural e ambiental do município. O estande de Pains contou, entre suas várias atrações, com fotos do acervo e da exposição permanente do museu, que editou uma série de três cartões postais, organizados por Márcia Alves, que foram distribuídos a todos os visitantes.
Foi uma grande oportunidade de divulgação do patrimônio arqueológico do Carste do Alto São Francisco, o MAC agradece a toda equipe do COMTUR de Pains.


domingo, 12 de junho de 2011

Minas ganha mapa com principais sítios arqueológicos do estado

Mapeamento foi feito pelo Iphan. Andrelândia comemora 25 anos de preservação do Parque da Serra de Santo Antônio

Gustavo Werneck

Montanhas, planícies e vales guardam tesouros que fazem de Minas um gigantesco sítio arqueológico – a céu aberto, nas cavernas e grutas ou ainda à espera de descoberta. Para mostrar, pela primeira vez, parte desse patrimônio que encanta os olhos e fortalece a cultura, será lançado, em agosto, em São João del-Rei, no Campo das Vertentes, um mapa elaborado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) localizando 1.053 pontos com a presença de pinturas rupestres, urnas funerárias indígenas, cerâmicas, artefatos de pedra e outros vestígios da atividade humana no período pré-colonial. O mais impressionante é que o número se refere a apenas 2% do potencial mineiro, segundo o autor do trabalho e gestor do patrimônio arqueológico do Iphan, o mestre em geografia Alexandre Delforge. Uma referência dessa impressão digital dos primórdios da humanidade está em Andrelândia, na Região Sul, onde um grupo de amigos comprou um pedaço de terra para preservar a Serra de Santo Antônio e seu acervo, datado de cerca de 3,5 mil anos.

Andrelândia
Há 25 anos, seis jovens amigos juntaram dinheiro e, em vez de fazer uma grande festa ou viajar para o exterior, preferiram seguir um caminho mais nobre, que até hoje rende bons frutos para Andrelândia, na Região Sul de Minas, a 280 quilômetros de Belo Horizonte. Na época, contando também com apoio moral e financeiro de moradores, o grupo fundou o Núcleo de Pesquisas Arqueológicas do Alto Rio Grande (NPA) e comprou 12 hectares, algo em torno de 12 campos de futebol, a seis quilômetros da sede do município. Com a atitude, os amigos conseguiram preservar a área na qual estão impressas, num paredão da Serra de Santo Antônio, 650 pinturas rupestres de aproximadamente 3,5 mil anos. Totalmente a salvo de ameaças – fogo, fumaça, erosão, corte de árvores nativas, pichações, invasão de gado e atos de vandalismo –, os registros nas cores vermelha, amarela e branca ficaram ainda mais protegidos depois da criação do Parque Arqueológico da Serra de Santo Antônio, uma reserva particular do patrimônio natural (RPPN) reconhecida pelo Ibama, e do tombamento municipal. Hoje, a região é um dos destaques do Mapa do Patrimônio Arqueológico de Minas Gerais, feito pelo Iphan, que demandou seis anos de trabalho.
As “bodas de prata” entre homem e natureza no Sul do estado merecem comemoração à altura, acredita o arquiteto José Marcos Alves Salgado, um dos pioneiros na luta para preservar o patrimônio da Serra de Santo Antônio, variante da Serra da Mantiqueira, com altitude de 1.393 metros. Conselheiro do NPA, organização não governamental mais antiga de Minas com foco na proteção arqueológica, José Marcos se mostra entusiasmado com o presente e o futuro da unidade de conservação. “Nosso desejo é que este local seja visitado pela comunidade, principalmente estudantes, e por turistas de todas as idades. Aqui há muito para ser visto e fazemos um trabalho de educação ambiental. Ninguém mais deixa lixo ou sujeira no chão”, afirma, certo de que, quanto maior for o número de visitantes, mais a área estará protegida.
Os outros cinco conselheiros do NPA – Gilberto Pires de Azevedo, Cláudio Alves Salgado, Giovani Andrade Alves, Marcos Paulo Souza Miranda e Francisco Carlos de Azevedo –, com profissões diversas e residentes em outras cidades, são sempre muito presentes nas decisões, segundo José Marcos. “Com essa data e resultados tão bons, precisamos realmente fazer uma festa e reunir todos. Temos um parque delimitado e não sofremos nenhum risco, o que é raro”, orgulha-se. Mensalmente, o caixa da entidade ganha um reforço, com os seus 25 integrantes depositando no banco uma contribuição.

Publicado no Estado de Minas em 12/06/2011 07:33

Leia mais:
 
Minas só tem 1,3% dos sítios arqueológicos mapeados


O Carste do Alto São Francisco é uma das áreas com maior concentração de sítios arqueológicos. Pinturas do sítio Posse Grande, no município de Pains - MG.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Não perca a exposição permanente do MAC!

Clique nas imagens para ampliá-las.




Universidade mapeia conflitos ambientais em Minas

Cidadãos que vivem na linha de frente dos conflitos ligados ao meio ambiente ganharam mais visibilidade e voz para resolver seus impasses. Um total de 541 comunidades – entre quilombolas, indígenas, moradores de áreas de risco, atingidos por barragens e outros – tem agora território marcado no portal eletrônico Mapa dos Conflitos Ambientais de Minas Gerais. Lançada nessa segunda-feira, a iniciativa inédita é de pesquisadores da UFMG, em parceria com a federal de São João del-Rei (UFSJ) e a estadual de Montes Claros (Unimontes). Além de localizar os conflitos da última década, o mapa traz o histórico e informações detalhadas dessas lutas
De acordo com a coordenadora do projeto, a professora Andréa Zhouri, do Grupo de Estudos em Temáticas Ambientais (Gesta/UFMG), a intenção é que o portal possa servir como instrumento de defesa, na formulação de políticas públicas e como fonte para o Ministério Público. “Qualquer pessoa no mundo pode acessar o portal. Nele, 541 movimentos denunciam sua situação de risco e afirmam que estão organizados em defesa de seu modo de vida”, afirma Andréa, ressaltando que o mapa será atualizado de acordo com novos casos
Conflitos relacionados ao saneamento básico representam a maior parte dos impasses, com 120 grupos identificados. A mineração afetou diretamente, entre 2000 e 2010, 67 comunidades. A produção de energia e construção de barragens virou problema para 33 populações, apenas na última década. Há também conflitos em áreas de parcelamento, lutas por moradia, metalurgia e siderurgia, entre outras.

Consulte

http://conflitosambientaismg.lcc.ufmg.br


Publicado no Estado de Minas em 07/06/2011 06:00 Atualização: 07/06/2011 06:23

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Encontro debate preservação do patrimônio cultural na calha do Rio São Francisco

Fonte: Ascom/Iphan

Tradições, folclore, alimentação e habitações. Índios, jesuítas, tropeiros, garinpeiros. O sertanejo, o vaqueiro e o cangaceiro. Todos eles, e muitos outros, se banharam e beberam das águas cristalinas do rio São Francisco que, segundo descreve Auguste de Saint-Hilaire em Viagem às Nascentes do Rio São Francisco (Paris, 1847), nasce como “um belo lençol de água branca e espumosa que se expande lentamente e (...) desce por uma encosta escarpada para formar o famoso Rio S. Francisco, que tem quase 700 léguas de extensão e recebe uma infinidade de outros rios”. As nascentes ficam na Serra da Canastra, município de São Roque de Minas, no sul de Minas Gerais, e dão origem ao Rio da Integração Nacional, que deixa passa ainda pela Bahia e por Pernambuco, até chegar à sua foz, no Oceano Atlântico, entre Alagoas e Sergipe. 
Além dos recursos econômicos e da garantia de sobrevivência para toda essa população, o rio São Francisco produziu também um rico legado cultural expresso pela diversidade e pelo simbolismo próprio. Nos últimos três anos, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - Iphan realizou um amplo trabalho de pesquisa e inventário de conhecimento do patrimônio cultural ao longo do rio São Francisco, revelando um vigoroso panorama da paisagem cultural e natural expresso em unidades de conservação ambiental que revelam a força dos biomas de Mata Atlântica, Cerrado e Caatinga; na extensão do seu patrimônio arqueológico; na riqueza arquitetônica de bens do período colonial ou da art déco e eclética; no patrimônio naval e ferroviário; e na singularidade de manifestações culturais, das festas religiosas e saberes populares.
Esse trabalho será apresentado, no auditório da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba – Codevasf, em Petrolina, Pernambuco, nos próximos dias 14 e 15 de junho de 2011, no Seminário do Patrimônio Cultural do Rio São Francisco. O Iphan vai promover o debate das ações conjuntas de proteção e preservação com instituições federais, empresas públicas, governos e órgãos estaduais e municipais, associações, e organizações não governamentais em um encontro que será fundamental para a troca de experiências e pactuação de esforços para a preservação da enorme riqueza cultural e natural do rio São Francisco.

O rio São Francisco e a história do Brasil
Os navegantes André Gonçalves e Américo Vespúcio chegaram à foz do rio São Francisco em 4 de outubro de 1501 dando início à exploração portuguesa da bacia sanfranciscana pela extremidade nordestina, em caravela comandada por Gonçalo Coelho. Eles chegaram ao estuário do grande Opará (rio-mar, em Tupi-Guarani) que recebeu seu nome atual em homenagem ao santo festejado naquele dia: São Francisco.
As primeiras expedições datam de 1553, com a busca por escravos para as cidades litorâneas. Após o incentivo da Coroa Portuguesa, com a doação de territórios, visando à colonização e à ocupação de novas áreas, o povoamento se intensificou e com ele a atividade pastoril. Data, também, desse período a construção dos primeiros engenhos de açúcar, que utilizavam mão-de-obra de índios escravizados. Os jesuítas aliavam seus conhecimentos aos dos indígenas para construir embarcações e habitações. Com os missionários capuchinhos, deixaram marcas históricas que formaram um importante patrimônio cultural. 
Desde a primeira vez que um colonizador entrou em suas águas, outros diversos nomes foram atribuídos ao rio: Velho Chico, rio da integração nacional, rio da unidade nacional (liga o Brasil do Sudeste até o Nordeste), além dos que se perderam no passado. O rio se estende por 2,7 mil quilômetros da nascente à foz, atravessa cinco estados, em direção ao norte e em suas margens estão dezenas de cidades e vilas. Sua importância deve-se ao grande volume de água que transporta para a região semi-árida do Nordeste, e à sua contribuição histórica e econômica na fixação das populações ribeirinhas, além da criação de diversas cidades. 
O rio São Francisco é navegável numa extensão de 2 mil quilômetros. As barcas desciam os rios afluentes carregadas de produtos da terra, alcançavam o São Francisco - subiam para Pirapora ou desciam para Juazeiro - e retornavam com produtos industrializados. Rapadura, banha de porco, algodão, peles silvestres, aguardente e muitas outras mercadorias saíam dos locais de produção, enquanto dos grandes centros retornavam café, querosene, álcool, gasolina, além da correspondência com notícias das capitais e de outras comunidades. Produziam e viviam no vale, os barranqueiros, pescadores, agricultores, posseiros, meeiros ou pequenos proprietários, em convivência, nem sempre pacífica, com o grande fazendeiro e senhor político dos municípios. Atualmente, a navegação no rio São Francisco caracteriza-se pela baixa movimentação de cargas e passageiros, e não há perspectiva de que recupere a importância do passado. 
Apesar de toda a riqueza de textos, documentos, iconografias e obras de ficção, o inventário do Iphan revela o patrimônio natural deteriorado e o patrimônio histórico e cultural descaracterizado, disperso ou submerso nas águas das represas formadas ao longo do rio São Francisco. O agravamento desse quadro deve-se, em sua quase totalidade, à concentração de renda que persiste e comprova o enriquecimento de determinados segmentos sociais. O objetivo do Iphan com o trabalho desenvolvido nos últimos anos é resgatar o que for possível e pactuar ações para impedir o perda do patrimônio cultural e natural da região, valorizando suas características e promovendo a integração com a população local.

Serviço:
Seminário do Patrimônio Cultural do Rio São Francisco
Data: 14 e 15 de junho de 2011
Local: Auditório da Codevasf
Rua Presidente Vargas, 160 – Centro - Petrolina - PE

Mais informações
Assessoria de Comunicação Iphan
comunicacao@iphan.gov.br
Adélia Soares – adelia.soares@iphan.gov.br
(61) 2024-6187 / 2024-6194
www.iphan.gov.br / www.twitter.com/IphanGovBr

Programação

Dia 13/06 – segunda-feira
Trânsito de Chegada

Dia 14/06 – terça-feira
Manhã
Abertura
Apresentação dos participantes
Apresentação do Inventário do Patrimônio Cultural do Rio São Francisco, realizado pelo Iphan. 
Tarde
Debate sobre ações de proteção e preservação dos acervos do São Francisco. Formulação conjunta dos Acordos de Pactuação ou Termos de Cooperação entre as entidades e participantes.
Noite
Programação cultural

Dia 15/06 – quarta-feira
Manhã
Debate final e Aprovação dos Acordos de Pactuação. Encerramento.
Tarde
Trânsito de Saída.

Publicado na página do IPHAN em 03/06/2011

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Sistema republicano pode ter existido em cidade indígena

Reinaldo José Lopes
Editor de Ciência

Se um grupo de arqueólogos do México e dos EUA estiver certo, a metrópole indígena de Tlaxcallan tinha uma organização política mais típica da Grécia Antiga ou da Itália medieval do que das Américas antes de Colombo. 
Em meio a um mar de impérios com pirâmides, templos faraônicos e governantes de status quase divino, quase 50 mil habitantes de Tlaxcallan (hoje Tlaxcala, a pouco mais de 100 km da Cidade do México) podem ter vivido numa "república". As pistas para traçar esse cenário vêm das tradições dos indígenas do local, registradas nos primeiros anos após a conquista espanhola. E, principalmente, de escavações feitas pela equipe. 
A análise da estrutura urbana de Tlaxcallan mostra uma planta urbana vasta e, ao mesmo tempo, aparentemente igualitária, sem sinal de estruturas palacianas ou pirâmides (veja infográfico). 
Isso não quer dizer que Tlaxcallan não tivesse dinheiro para gastar com luxo, afirma Lane Fargher, autor de um estudo na revista científica "Antiquity" sobre a cidade. 
"Tlaxcallan era extremamente rica em recursos agrícolas. Os tlaxcaltecas também produziam grandes quantidades de corante vermelho, valorizado na América Central", diz Fargher, que é ligado ao Departamento de Ecologia Humana do Centro de Pesquisas e Estudos Avançados do México e à Universidade Purdue (EUA). 
Mesmo assim, a análise detalhada dos restos da Cidade-Estado, que floresceu entre os anos de 1250 e 1519, indica uma sucessão de terraços residenciais relativamente simples (necessários por causa do relevo montanhoso, com altitude de cerca de 2.500 m).


Editoria de Arte/Folhapress

"PLAZAS"  
Vários grupos de terraços eram servidos por "plazas", áreas mais ou menos como as praças atuais, mas com um caráter mais solene: deviam ser centros cerimoniais. 
A única grande estrutura fica a cerca de 1 km da cidade. Apesar de apresentar um complexo de salas, Tizatlan não tem nada de palaciano: sua principal característica é uma grande "plaza" com espaço para uma multidão. 
Os cientistas interpretam esse quebra-cabeças a partir de dados registrados por historiadores e pelo próprio Hernán Cortés, líder dos invasores espanhóis no século 16. 
Sabe-se que os tlaxcaltecas falavam náuatle, mesma língua dos astecas, mas lutaram durante séculos ""com sucesso"" para não serem absorvidos pelo Império Asteca
Além disso, dados sobre monarcas tlaxcaltecas parecem ser espúrios ou duvidosos, e as crônicas mais antigas falam em negociações envolvendo grupos de dezenas de magistrados da cidade.
Por isso, diz Fargher, "propomos que os tlaxcaltecas idealizaram sua república como resposta específica às ameaças imperiais". 
A estratégia republicana talvez tenha dado um tino político diferenciado. Os tlaxcaltecas se aliaram aos espanhóis contra os astecas e ganharam status mais autônomo. Uma situação melhor do que a maioria dos indígenas mexicanos na era colonial. 

Publicado na Folha de São Paulo em 29/05/2011 - 13h36